segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Olhares

Fulminantes e distraídos.
Totalmente sem compromisso.
E apesar de nada esperar
Tento incessantemente encontrar.

Olhares perdidos
Só por olhar.
Inocentes e sem sentido
Mas que me fizeram te desejar.

De desencontrados e abstraídos
Tornaram-se obcecados.
Os meus, é claro.
Já que os teus não sei o que querem...

Se também buscam os meus,
Seja por prazer ou diversão.
Ou se tudo isso é um delírio meu
Baseado em carência e busca de afeição.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Destroços

Coração partido,
Ideais ultrapassados,
Quando não ridicularizados.

Sem crença nem fé.
Muito menos esperança.
Já se foram os sonhos de criança.

Heróis mortos e vendidos.
Sem nenhuma inspiração,
Sequer uma emoção...

A vida está vazia,
O coração também.
Sem esperança, nem ninguém.

domingo, 2 de outubro de 2011

E eis que chega a primavera - e a poesia volta

Chegou um pouco tímida
Como se não quisesse voltar.
Escondeu-se entre nuvens
Para depois se mostrar.

Não consegui senti-la a princípio.
Não quis me aquecer como antes.
Mas aos poucos foi se aproximando
Como se fôssemos velhos amantes.

Hoje sei que não estou sozinha.
Por mais incerto que seja o caminho.
Sei que tenho sua companhia.
Junto com a primavera e a poesia!!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Flutuando nas nuvens que por fim se despedaçam

Pois até a promessa de uma noite fácil e sem compromisso tá me animando. É, realmente é uma triste ilusão. Mas é o que resta. É a única forma de me manter viva.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sem poesia

Cansei de escrever versos. Simplesmente eles não me dizem mais nada. O mundo já não me diz nada.Desisti de tudo. Dos meus sonhos, das pessoas, do amor, de você. "A humanidade é cruel!!", ela diz. Não posso negar. É melhor que tudo se acabe. Que o mundo se destrua em sua própria maldade. Que não sobre nada. Nem mesmo nós.

domingo, 11 de setembro de 2011

Quando voltar a primavera

Alimentei uma ilusão
E esta se tornou tão forte que me devorou.
Consumiu todos os meus sonhos
E a eles despedaçou.

Agora acordo
Dessa estranha e obsessiva jornada.
Neste frio solitário
Que me convida para a caminhada.

Já não espero mais nada.
Aprendi a seguir sozinha.
Nesta estrada cheia de espinhos
E na vida amarga e gelada.

O inverno me manteve presa.
A esta triste fantasia.
Agora espero a volta da primavera.
E a esperança de novas alegrias.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Não entendo

Não entendo como o mundo funciona.
Não entendo porque 1+1=2.
Não entendo deus.
Não entendo regras.
Não entendo as pessoas.
Não entendo a maldade humana.
Não entendo a injustiça.
Não entendo a desigualdade.
Não entendo a dor.
Não entendo a fome.
Não entendo a miséria.
Não entendo a doença.
Não entendo a morte.
Não entendo o barulho.
Não entendo a loucura.
Não entendo o óbvio.
Eu não me entendo.
Eu não te entendo.

Não entendo porque tanta crueldade
Tanto sadismo, tanta maldade.
Contra alguém que um dia te amou de verdade.